Por Sérgio Vaz
Povo lindo, povo inteligente, quando puderem, ouçam “Cada um tem sua história”, uma das músicas mais bonitas que já ouvi nestes últimos dias. É bonita porque na minha opinião o grupo conseguiu juntar todos os ingredientes necessários para se criar um som que tenha a pegada firme, que só as ruas trazem, e a poesia justa que dignifica quem trabalha por amor ao que faz. Swing, poesia e atitude. É disso que estou falando.
A música é do grupo “Versão Popular”, que acabou de lançar seu 1° CD “Quem viu viu” recentemente, e que já há muito vem trabalhando na cena do Rap nacional.
Não sou crítico de música ou especialista na cena, sei só o que gosto, e não gosto. E gosto muito desta música.
Na moral, não gosto desta coisa de nova e velha geração. Uma geração tão brilhante do Hip Hop que junto com o rap incendiou e acordou toda uma nação periférica, não pode ser servida em fatias ou de bandeja a quem não contribuiu nada com isso.
Tem gente que chega, tem gente que vai, e tem gente que fica. Eles vão ficar. Assim como tantos outros que não param de chegar.
Como eu disse, é só minha humilde opinião, e opinião de poeta não vale muito. Poetas são feito de pouca razão e muita emoção. Quase nunca sabe o que dizem.
No meu rádio toca toda uma geração, no meu “dial” não está separado por nova ou velha geração. Separo por música boa e música ruim. Tem coisas que devem mudar, tem coisas que são intocáveis. É preciso ter raízes, mas é preciso voar. Cada qual terá que saber a sua hora. Ou seja, cada um sabe a hora do seu relógio.
Gosto do Racionais, como do QI Alforria. Do GOG e do Fino Du Rap. Escuto RZO como ouço NSN. Naldinho e Jairo Periafricania na mesma intensidade.
Sou fã do Criolo Doido e da pegada poética do Slim Rimografia. A batida forte do Realidade Cruel ou a responsa do grupo A Família. Não dá pra esquecer do Câmbio negro e Consciência Humana (o nome já diz tudo).
Záfrica Brasil é a minha família, B Valente, Kênia, Duguetto Shabazz, Inquérito e o extinto Sabedoria de Vida que vai ficar pra sempre na memória.
Ouvindo o cd novo do Detentos do Rap pirei em cada refrão, nos vocais. Assim como piro nas rimas do Emicida, Du Bronx, Kamal e do menino Rincón Sapiência. O Dexter voltando arregaçando, conseguindo recuperar o tempo perdido, Pentágono, Família RHK, A286, Pregador Luo e o Apocalipse 16.
DBS e a quadrilha num dos clipes mais loucos que já vi, Viela 17 (o nome mais lindo de grupo), TREF com sua pegada literária, função original, Negredo e RDG. Raphão, Hórus, Hood, Rashid e MV Bill, Ao Cubo sem esquecer do mestre Sabotage nem Facção central. E mais uma pá de grupo espalhados por aí que agora me fogem o nome, mas que são importantes também. Se esqueci de alguém, me desculpe a memória…
O Rap são todos eles, e mais os outros elementos que fortalecem a cena (Dj, B Boys, Mc, sites, Blogs, Fanzines, Jornais e revistas).
Como se separa toda uma geração?
Não entendo nada de Rap, só sei do que gosto e do que não gosto.
Assim como não gosto quando nos separam por Zonas. A Zona tal é melhor que a outra. É tudo uma zona só.
Se é pra identificar de onde vem, tudo bem, mas se é pra dizer que é melhor , estou fora.
Lembra da guerra dos Tutsis e dos Hutus em Ruanda? Pois é, começou assim, todo mundo igual achando que era diferente. Tem sempre alguém querendo nos separar. Divididos somos sempre mais fracos.
Torno a repetir, não é uma opinião de um especialista do movimento, é só uma opinião de quem gosta da música que representa a periferia, e que é muito grato por tudo que eles fizeram e vem fazendo pela quebrada. É gratidão mesmo, minha poesia não seria, e não é, nada sem eles.
E como diz a música do Versão: “Cada um tem sua história.”
Sou da geração da gratidão. Obrigado.
A música é do grupo “Versão Popular”, que acabou de lançar seu 1° CD “Quem viu viu” recentemente, e que já há muito vem trabalhando na cena do Rap nacional.
Não sou crítico de música ou especialista na cena, sei só o que gosto, e não gosto. E gosto muito desta música.
Na moral, não gosto desta coisa de nova e velha geração. Uma geração tão brilhante do Hip Hop que junto com o rap incendiou e acordou toda uma nação periférica, não pode ser servida em fatias ou de bandeja a quem não contribuiu nada com isso.
Tem gente que chega, tem gente que vai, e tem gente que fica. Eles vão ficar. Assim como tantos outros que não param de chegar.
Como eu disse, é só minha humilde opinião, e opinião de poeta não vale muito. Poetas são feito de pouca razão e muita emoção. Quase nunca sabe o que dizem.
No meu rádio toca toda uma geração, no meu “dial” não está separado por nova ou velha geração. Separo por música boa e música ruim. Tem coisas que devem mudar, tem coisas que são intocáveis. É preciso ter raízes, mas é preciso voar. Cada qual terá que saber a sua hora. Ou seja, cada um sabe a hora do seu relógio.
Gosto do Racionais, como do QI Alforria. Do GOG e do Fino Du Rap. Escuto RZO como ouço NSN. Naldinho e Jairo Periafricania na mesma intensidade.
Sou fã do Criolo Doido e da pegada poética do Slim Rimografia. A batida forte do Realidade Cruel ou a responsa do grupo A Família. Não dá pra esquecer do Câmbio negro e Consciência Humana (o nome já diz tudo).
Záfrica Brasil é a minha família, B Valente, Kênia, Duguetto Shabazz, Inquérito e o extinto Sabedoria de Vida que vai ficar pra sempre na memória.
Ouvindo o cd novo do Detentos do Rap pirei em cada refrão, nos vocais. Assim como piro nas rimas do Emicida, Du Bronx, Kamal e do menino Rincón Sapiência. O Dexter voltando arregaçando, conseguindo recuperar o tempo perdido, Pentágono, Família RHK, A286, Pregador Luo e o Apocalipse 16.
DBS e a quadrilha num dos clipes mais loucos que já vi, Viela 17 (o nome mais lindo de grupo), TREF com sua pegada literária, função original, Negredo e RDG. Raphão, Hórus, Hood, Rashid e MV Bill, Ao Cubo sem esquecer do mestre Sabotage nem Facção central. E mais uma pá de grupo espalhados por aí que agora me fogem o nome, mas que são importantes também. Se esqueci de alguém, me desculpe a memória…
O Rap são todos eles, e mais os outros elementos que fortalecem a cena (Dj, B Boys, Mc, sites, Blogs, Fanzines, Jornais e revistas).
Como se separa toda uma geração?
Não entendo nada de Rap, só sei do que gosto e do que não gosto.
Assim como não gosto quando nos separam por Zonas. A Zona tal é melhor que a outra. É tudo uma zona só.
Se é pra identificar de onde vem, tudo bem, mas se é pra dizer que é melhor , estou fora.
Lembra da guerra dos Tutsis e dos Hutus em Ruanda? Pois é, começou assim, todo mundo igual achando que era diferente. Tem sempre alguém querendo nos separar. Divididos somos sempre mais fracos.
Torno a repetir, não é uma opinião de um especialista do movimento, é só uma opinião de quem gosta da música que representa a periferia, e que é muito grato por tudo que eles fizeram e vem fazendo pela quebrada. É gratidão mesmo, minha poesia não seria, e não é, nada sem eles.
E como diz a música do Versão: “Cada um tem sua história.”
Sou da geração da gratidão. Obrigado.
Fonte: Rap Nacional
Pode crer, nego véio!!!
ResponderExcluirSérgio Vaz tem o dom da palavra, né não parceiro?? O que nos segrega nos separa, e consequentemente nos destrói.
Paz à todos!!!
Paulo Brazil.