O Blog Olha Onde a Favela Chegou, trocou uma idéia com Rangell Santana, o Blequimobiu, vocalista do grupo Versu2, ele falou sobre auto-gestão, profissinalismo, parcerias e outros temas quentes que envolve o Hip Hop soteropolitano. Confere aí. Paz à todos/as!!!
Olha Onde a Favela Chegou- Salve Rangell, tudo certinho, nego véio? Conta ai pra gente como é que surgiu esse nome “Blequimobiu”?
Salve irmandade, salve galera que acessa o blog. Glória ao Pai que estamos unidos.
Este papo de blequimobiu é onda viu, rs! Eu tava aprendendo a usar o programa Illustrator e comecei a desenhar uns bonequinhos com influencias dos antigos "Playmobil" só pra treinar mesmo. Só que desde pequeno eu meio "num entendia" o porque de todos os bonecos serem iguais, então comecei a desenhar playmobils negros e gordos, tipo eu (rs, rs), e passei a mostrar pros amigos, até que o Ed Bras, grande irmão e músico da Zambotronic (pesquizem este nome) os apelidou de Blackmobil e sempre que me via chegava com este papo de blackmobil. Quase sempre conversando sobre a Cultura Black Mundial e sua fusão com a Cultura Brasileira, então resolvi escrever o nome errado pra chamar atenção e ai surgiu blequimobiu.
Salve irmandade, salve galera que acessa o blog. Glória ao Pai que estamos unidos.
Este papo de blequimobiu é onda viu, rs! Eu tava aprendendo a usar o programa Illustrator e comecei a desenhar uns bonequinhos com influencias dos antigos "Playmobil" só pra treinar mesmo. Só que desde pequeno eu meio "num entendia" o porque de todos os bonecos serem iguais, então comecei a desenhar playmobils negros e gordos, tipo eu (rs, rs), e passei a mostrar pros amigos, até que o Ed Bras, grande irmão e músico da Zambotronic (pesquizem este nome) os apelidou de Blackmobil e sempre que me via chegava com este papo de blackmobil. Quase sempre conversando sobre a Cultura Black Mundial e sua fusão com a Cultura Brasileira, então resolvi escrever o nome errado pra chamar atenção e ai surgiu blequimobiu.
Olha Onde a Favela Chegou- Você é um cara que podemos considerar um multímidia dentro do Hip Hop. Como é conciliar as diversas atividades dentro do Movimento?
Tudo parte das necessidades de que tenho das coisas bem feitas, se não acho quem faça na parceria, ou não posso pagar pra ser feito, eu mesmo vou e faço. É uma das maiores influencias que carrego até hoje do Movimento Punk, o tal do "faça você mesmo". Acho também que o amor é uma grande mola nisto tudo, tudo que procuro me envolver quero fazer o melhor possível. Agora na moral, a verdade mesmo é que não consigo conciliar todas estas atividades, e sempre acabo percebendo que tem algo que poderia ser melhor, sou chato pra caralho nestas paradas, nunca tou satisfeito, mas ai vou evoluindo, vou achando parceiros para tal. No momento eu tou quietinho, apenas tentando fazer música boa, deixei um pouco de lado esta coisa de produção cultural, organizar shows e tal e tou focado em alguns projetos pessoais, cuidando de minha família e um pouco melhor de minha saúde. Tava num ritmo nada saudável, trabalhando 8h por dia numa agência de publicidade, cursando uma faculdade a noite, e naquela movimentação quem tá ligado sabe da colé.
Olha Onde a Favela Chegou- Fala aí pra gente um pouco de sua trajetória dentro do Hip Hop?
Comecei em 94 pixando muros e ouvido rap, sem mesmo saber que se chamava rap, eram fitinhas k7 que gravava de lojas no centro e amigos. Depois conheci o graffiti e achei melhor pra me expressar que o pixo, na época também já tava fichado em algumas delegacias, tinha sido pego algumas veses roubando spray em lojas e achei melhor ganhar dinheiro com aquilo tudo de uma maneira mais segura. Comprei um compressor com Dimak, na época conhecido como "Speed" e passamos a pintar umas camisas pra vender e fazer trampos comerciais em lojas e tal. Na época os nomes que influenciaram foram Peace e Sisma.
Eu curtia mais os sons gringos, Cypress Hill, Beastie Boys, Wu Tang Clan... de nacional eu só tinha prestado atenção mesmo no Gabriel O Pensador e cheguei a ouvir algumas vezes uma fitinha do Raio X do Brasil, eu escrevia uns funks (Miami Bass) inspirado no Furacão 2000 só pra zuar no buzão. Mais o tal "movimento" e o conceito de Hip-Hop mesmo só vim conhecer em 97/98 com o disco "Sobrevivendo no Inferno" e todo aquele boom, foi ai que através de Chiba conheci a rapaziada aqui e passei a atuar como militante e movimentar a cena junto com a galera que depois veio se chamar Posse Ori.
Minhas primeiras rimas pro rap surgiram no Quilombo Vivo, paralelo a isto toquei contra-baixo na Testemunhaz com a qual acho ter sido a melhor época musical em minha vida, chegamos a iniciar uma conversa com uma gravadora, mas infelizmente não estavamos prontos pro momento e problemas pessoais entre os componentes do grupo fez o processo cair, a convite de Gomez voltei pras rimas com o Elemento X que também por opções pessoais dos componentes terminou parando.
Com o fim disto tudo resolvi dar um tempo e estudar design, então fiz amizade com os caras do Bocada Forte, que depois me chamaram pra desenha por 2 vezes o site, e com a internet passei a e ter acesso a mais música, a mais informações sobre cultura e criar uma rede de contatos para quando fosse a hora eu viabilizar minhas idéias. Neste meio tempo fiz parte da Blackitude e aprendi muito sobre produção, mais eu queria ter o controle do meu próximo projeto, não queria mais ser do grupo dos outros onde os caminhos se confundem por questões pessoais, eu sabia que mesmo só eu iria seguir e ai conheci Coscarque e tamos ai trabalhando juntos com outros parceiros que de tempo em tempo a partir das necessidades sempre somam.
Olha Onde a Favela Chegou- Você fez parte de um grupo de Rap com banda, a “Testemunha da Periferia” (que posteriormente virou apenas Testemunhaz), você acha que Rap com banda não é mais viável, tomando como exemplo o fim de bandas importantes como: Pavilhão 9, Câmbio Negro e o Faces do Subúrbio?
Rap com banda é o futuro, vejo assim, o D2 tem uma banda, o MV Bill a depender do show se apresenta com uma, o Emicida faz shows com o Projeto Nave, o Instituto é foda. A parada com a banda serve até como argumento pra justificar um bom cachê, mostrar uma outra proposta, atrair novos fãs, a população no geral não valoriza dois caras com um microfone e um outro de fundo mechendo em uns discos velhos, eles não entendem o que acontece ali em cima do palco, então com o crescimento da cena e o dinheiro circulando eu vou querer ter minha banda também, ter músicos sérios e profissionais acrescentando outras experimentações ao meu som.
Ai sim nego velho a cena brasileira ainda vai reconhecer o quanto foi importante estas bandas que você sitou ai. Lá fora o The Roots dita várias tendências, artistas como Jay-Z, Eminen, Ludacris quando querem algo diferenciado pra seus projetos, sempre fazem parceria com o The Roots. Aqui na Bahia temos a melhor banda do Brasil neste conceito, quem não conhece ainda procure pesquisar, OQuadro e vai saber do que estou falando.
Olha Onde a Favela Chegou- Sempre quis te perguntar, porque Versu2?
Tem um monte de conceito envolvido. O primeiro é despertar esta curiosidade nas pessoas, mais vamos lá: eu queria por o nome de Versuz mais sabia que em qualquer favela do Brasil alguém poderia ter esta ideia. Então a solução estaria no próprio problema que estava se estabelecendo. Ninguém acreditava que eu e Coscarque, artistas de influencias tão diferentes poderiam dar certo juntos, eram muitas dualidades no estilo, nas letras, na postura na cena e por ai vai, então o 2 surgiu pra representar esta dualidade, pra dizer que existem sempre mais de uma forma de ver o mesmo assunto. Numa sessão relax brincando com o Illustrator eu esqueci de digitar o "z" e o "2" ficou ali junto do "Versu" e eu gostei porque o "2" parece um "Z" e sempre achei legal a história de zuar com o português.
Foi engraçado, quando liguei de madrugada pro Coscarque e disse, o grupo se chama Versu2, ele disse que num entendeu nada, mais gostava da sonoridade e ai ficou, rsrsrs!
Olha Onde a Favela Chegou- Nos corrija se estivermos errados, mas nota-se na sonoridade da Versu2 um experimentalismo muito grande, como você define o estilo do grupo?
Não temos estilo, eu acho, ou pelo menos não esta definido ainda. Gravamos um disco no primeiro semestre de 2009, o disco foi praticamente feito no estúdio, sem uma pré-produção um planejamento legal, chamamos vários amigos pra colaborar e as coisas surgiram naturalmente, deu um resultado legal. Ficamos fora do estúdio no segundo semestre por conta dos shows, e a pouco quando fomos ouvir o disco percebemos que ainda não tá na hora de por ele na rua. Então começamos a pensar numa mixtape só com bases de Jazzrap, queremos gravar ela toda ao vivo, sem cortes, como um shows mesmo. Chegamos a experimentar este formato em shows numa temporada no Sankofa African Bar, e as pessoas curtiram, estamos trabalhando nele e vamos lançar este registro na WEB com nosso site.
Esta mixtape tem a intenção de mostrar uma das influencias do grupo, e meio preparar terreno pro que vem por ai. Fechamos uma parceria com a marca MURO (www.murobr.com.br) para lançar nosso DVD Promo, e a convite de MC Marechal vamos lançar um "Porradão" com 5 faixas pela Organização Um Só Caminho... estamos trabalhando nestas 5 faixas, todas inéditas, com produção musical de um artista novo, mais que vem ganhando muita força na cena nacional. Estamos com uma visão mais comercial na escrita, queremos quebrar alguns conceitos que têem sobre a gente, e posso garantir, a sonoridade vai surpreender muita gente, é algo que nunca fizemos antes e tem um foco de expandir de vez o nome da Versu2 pro Brasil.
Olha Onde a Favela Chegou- Ainda sobre o Versu2, qual a proposta do grupo? Tem uma proposta específica ou é poesia livre, sem levantar bandeiras ou estereótipos?
A proposta é arte mesmo, expor nossos sentimentos, reproduzir situações cotidianas nas vida das pessoas, é questionar, é tentar ser questionados e no máximo possivel levar uma mensagem positiva pro mundo. Temos feito músicas novas com mais agressividade, e outras pra balançar e com alcance radiofônicos, estou escrevendo roteiro pra fazer outro clip, desta vez em estúdio com mais computação gráfica, brincar mais com o imaginário das pessoas. Estamos buscando uma certa liberdade estética, buscando sair de nossa própria caixa, não consigo me limitar a bandeiras, por mais que eu carregue algumas, mais queremos crescer como artistas e isto envolve muitas coisas não apenas música.
Tudo parte das necessidades de que tenho das coisas bem feitas, se não acho quem faça na parceria, ou não posso pagar pra ser feito, eu mesmo vou e faço. É uma das maiores influencias que carrego até hoje do Movimento Punk, o tal do "faça você mesmo". Acho também que o amor é uma grande mola nisto tudo, tudo que procuro me envolver quero fazer o melhor possível. Agora na moral, a verdade mesmo é que não consigo conciliar todas estas atividades, e sempre acabo percebendo que tem algo que poderia ser melhor, sou chato pra caralho nestas paradas, nunca tou satisfeito, mas ai vou evoluindo, vou achando parceiros para tal. No momento eu tou quietinho, apenas tentando fazer música boa, deixei um pouco de lado esta coisa de produção cultural, organizar shows e tal e tou focado em alguns projetos pessoais, cuidando de minha família e um pouco melhor de minha saúde. Tava num ritmo nada saudável, trabalhando 8h por dia numa agência de publicidade, cursando uma faculdade a noite, e naquela movimentação quem tá ligado sabe da colé.
Olha Onde a Favela Chegou- Fala aí pra gente um pouco de sua trajetória dentro do Hip Hop?
Comecei em 94 pixando muros e ouvido rap, sem mesmo saber que se chamava rap, eram fitinhas k7 que gravava de lojas no centro e amigos. Depois conheci o graffiti e achei melhor pra me expressar que o pixo, na época também já tava fichado em algumas delegacias, tinha sido pego algumas veses roubando spray em lojas e achei melhor ganhar dinheiro com aquilo tudo de uma maneira mais segura. Comprei um compressor com Dimak, na época conhecido como "Speed" e passamos a pintar umas camisas pra vender e fazer trampos comerciais em lojas e tal. Na época os nomes que influenciaram foram Peace e Sisma.
Eu curtia mais os sons gringos, Cypress Hill, Beastie Boys, Wu Tang Clan... de nacional eu só tinha prestado atenção mesmo no Gabriel O Pensador e cheguei a ouvir algumas vezes uma fitinha do Raio X do Brasil, eu escrevia uns funks (Miami Bass) inspirado no Furacão 2000 só pra zuar no buzão. Mais o tal "movimento" e o conceito de Hip-Hop mesmo só vim conhecer em 97/98 com o disco "Sobrevivendo no Inferno" e todo aquele boom, foi ai que através de Chiba conheci a rapaziada aqui e passei a atuar como militante e movimentar a cena junto com a galera que depois veio se chamar Posse Ori.
Minhas primeiras rimas pro rap surgiram no Quilombo Vivo, paralelo a isto toquei contra-baixo na Testemunhaz com a qual acho ter sido a melhor época musical em minha vida, chegamos a iniciar uma conversa com uma gravadora, mas infelizmente não estavamos prontos pro momento e problemas pessoais entre os componentes do grupo fez o processo cair, a convite de Gomez voltei pras rimas com o Elemento X que também por opções pessoais dos componentes terminou parando.
Com o fim disto tudo resolvi dar um tempo e estudar design, então fiz amizade com os caras do Bocada Forte, que depois me chamaram pra desenha por 2 vezes o site, e com a internet passei a e ter acesso a mais música, a mais informações sobre cultura e criar uma rede de contatos para quando fosse a hora eu viabilizar minhas idéias. Neste meio tempo fiz parte da Blackitude e aprendi muito sobre produção, mais eu queria ter o controle do meu próximo projeto, não queria mais ser do grupo dos outros onde os caminhos se confundem por questões pessoais, eu sabia que mesmo só eu iria seguir e ai conheci Coscarque e tamos ai trabalhando juntos com outros parceiros que de tempo em tempo a partir das necessidades sempre somam.
Olha Onde a Favela Chegou- Você fez parte de um grupo de Rap com banda, a “Testemunha da Periferia” (que posteriormente virou apenas Testemunhaz), você acha que Rap com banda não é mais viável, tomando como exemplo o fim de bandas importantes como: Pavilhão 9, Câmbio Negro e o Faces do Subúrbio?
Rap com banda é o futuro, vejo assim, o D2 tem uma banda, o MV Bill a depender do show se apresenta com uma, o Emicida faz shows com o Projeto Nave, o Instituto é foda. A parada com a banda serve até como argumento pra justificar um bom cachê, mostrar uma outra proposta, atrair novos fãs, a população no geral não valoriza dois caras com um microfone e um outro de fundo mechendo em uns discos velhos, eles não entendem o que acontece ali em cima do palco, então com o crescimento da cena e o dinheiro circulando eu vou querer ter minha banda também, ter músicos sérios e profissionais acrescentando outras experimentações ao meu som.
Ai sim nego velho a cena brasileira ainda vai reconhecer o quanto foi importante estas bandas que você sitou ai. Lá fora o The Roots dita várias tendências, artistas como Jay-Z, Eminen, Ludacris quando querem algo diferenciado pra seus projetos, sempre fazem parceria com o The Roots. Aqui na Bahia temos a melhor banda do Brasil neste conceito, quem não conhece ainda procure pesquisar, OQuadro e vai saber do que estou falando.
Olha Onde a Favela Chegou- Sempre quis te perguntar, porque Versu2?
Tem um monte de conceito envolvido. O primeiro é despertar esta curiosidade nas pessoas, mais vamos lá: eu queria por o nome de Versuz mais sabia que em qualquer favela do Brasil alguém poderia ter esta ideia. Então a solução estaria no próprio problema que estava se estabelecendo. Ninguém acreditava que eu e Coscarque, artistas de influencias tão diferentes poderiam dar certo juntos, eram muitas dualidades no estilo, nas letras, na postura na cena e por ai vai, então o 2 surgiu pra representar esta dualidade, pra dizer que existem sempre mais de uma forma de ver o mesmo assunto. Numa sessão relax brincando com o Illustrator eu esqueci de digitar o "z" e o "2" ficou ali junto do "Versu" e eu gostei porque o "2" parece um "Z" e sempre achei legal a história de zuar com o português.
Foi engraçado, quando liguei de madrugada pro Coscarque e disse, o grupo se chama Versu2, ele disse que num entendeu nada, mais gostava da sonoridade e ai ficou, rsrsrs!
Olha Onde a Favela Chegou- Nos corrija se estivermos errados, mas nota-se na sonoridade da Versu2 um experimentalismo muito grande, como você define o estilo do grupo?
Não temos estilo, eu acho, ou pelo menos não esta definido ainda. Gravamos um disco no primeiro semestre de 2009, o disco foi praticamente feito no estúdio, sem uma pré-produção um planejamento legal, chamamos vários amigos pra colaborar e as coisas surgiram naturalmente, deu um resultado legal. Ficamos fora do estúdio no segundo semestre por conta dos shows, e a pouco quando fomos ouvir o disco percebemos que ainda não tá na hora de por ele na rua. Então começamos a pensar numa mixtape só com bases de Jazzrap, queremos gravar ela toda ao vivo, sem cortes, como um shows mesmo. Chegamos a experimentar este formato em shows numa temporada no Sankofa African Bar, e as pessoas curtiram, estamos trabalhando nele e vamos lançar este registro na WEB com nosso site.
Esta mixtape tem a intenção de mostrar uma das influencias do grupo, e meio preparar terreno pro que vem por ai. Fechamos uma parceria com a marca MURO (www.murobr.com.br) para lançar nosso DVD Promo, e a convite de MC Marechal vamos lançar um "Porradão" com 5 faixas pela Organização Um Só Caminho... estamos trabalhando nestas 5 faixas, todas inéditas, com produção musical de um artista novo, mais que vem ganhando muita força na cena nacional. Estamos com uma visão mais comercial na escrita, queremos quebrar alguns conceitos que têem sobre a gente, e posso garantir, a sonoridade vai surpreender muita gente, é algo que nunca fizemos antes e tem um foco de expandir de vez o nome da Versu2 pro Brasil.
Olha Onde a Favela Chegou- Ainda sobre o Versu2, qual a proposta do grupo? Tem uma proposta específica ou é poesia livre, sem levantar bandeiras ou estereótipos?
A proposta é arte mesmo, expor nossos sentimentos, reproduzir situações cotidianas nas vida das pessoas, é questionar, é tentar ser questionados e no máximo possivel levar uma mensagem positiva pro mundo. Temos feito músicas novas com mais agressividade, e outras pra balançar e com alcance radiofônicos, estou escrevendo roteiro pra fazer outro clip, desta vez em estúdio com mais computação gráfica, brincar mais com o imaginário das pessoas. Estamos buscando uma certa liberdade estética, buscando sair de nossa própria caixa, não consigo me limitar a bandeiras, por mais que eu carregue algumas, mais queremos crescer como artistas e isto envolve muitas coisas não apenas música.
Olha Onde a Favela Chegou- Podemos afirmar que a internet é hoje o principal veículo de divulgação do Rap Brasileiro?
Eu diria que a internet é o meio de comunicação mais democrático já criado, pensar comunicação sem pensar internet é impossível hoje.
Olha Onde a Favela Chegou- Tem pretensão de lançar o disco do grupo, se tem, para quando seria?
Estamos em discursão se ainda é viável lançar um disco no formato tradicional com 10, 11, 12, 15 faixas e tal. As pessoas não tem mais tempo pra ouvir um album, elas terminam selecionando as faixas que lhe agradam, colocam em seus mp3 e te escuta com outros artistas, é a era do "Singles". Lançamos a faixa "Segredo da Harmonia" com um clip e na sequência um concurso de remix, exploramos ela ao máximo e deu resultado que talvez um disco não desse. Estamos apostando neste formato de 5 faixas, vendidos com uma coleção de camisetas e disseminação pela web. Temos alguns convites de shows em outros estados e apostamos nos shows como forma de mostrar o que sabemos fazer, de passar nossa energia, então disco no formato tradicional mesmo não temos plano de lançar por enquanto, temos um gravado, mais não é a hora dele ainda.
Olha Onde a Favela Chegou- Ainda falando em mídias, você acha que o formato SMD é a grande salvação do CD físico para os artistas consolidarem os seus trabalhos, ou esse formato de vender música está também com os dias contados?
Não acredito que se venda a música e sim a embalagem. A música é livre, como se pode vender algo que não se pode tocar? Nos shows vendemos a diversão, a nossa presença, a interação. Vinil, CD, SMD, IPod, Mp3, 4 ,5 ,6, (rsrsrs) ou qualquer outro formato fisico ou digital é descartavel, a arte não. Antigamente tinha aquela coisa de ver a foto do artista, o conceito da capa, ler as letras, tudo envolvido numa aura artistica, passei várias manhãs de sábado com meu pai, escolhendo vinil, a gente ia na loja, ouvia e comprava, não tinha muito esta coisa de propaganda, single, novela, comercial de tv, ou jabá de rádio, a gente ia ouvir o disco e comprava pela música boa. Hoje você vai no Google e acha tudo, temos que oferecer outra embalagem pra música e é nisto que aposta a MURO (MÚsica e ROupas) e podem aguardar que não vamos nos limitar apenas a camisetas. Se o cara realmente apoia o artista, ele vai vestir mais que a roupa do artista vai vestir o conceito e aproveitar e parar de ficar dando dinheiro pra marcas estrangeiras que não investe em nada na cena brasileira.
Olha Onde a Favela Chegou- Com a diversidade de estilos e de temas abordados dentro do Rap, você acha que o Rap de militância está perdendo espaço dentro do Hip Hop?
Ah cara na moral, eu acho que a galera nova tá meio alienanda e comeu o papo da mídia que o rap é música de protesto, tem gente do próprio rap que quer se beneficiar com isto, dizendo que tá inovando no rap com suas letras diferenciadas, mais só tão fazendo cópias mal feitas de gringo, tem cara ai fazendo paródia e chamando de rap, pega o flow e a rima muda o idioma e chama de inovação, este tipo de som ai eu escuto apenas uma vez porque conheço os originais. A muito tempo atrás já tinha gente falando do próprio tênis, de tomar uma cerveja no churrasco, em sair de carro na balada, em pegar a mais gostosa da festa. Agora irmão, a revolta no gueto sempre vai existir, e quem é de verdade sempre vai vomitar isto nos seus raps.
Será que esquecemos de "Éxis sem Ana" do Câmbio Negro, ou será nunca ouviram “Senhor Tempo Bom” ou “Rap Embolada” do Thaide, porra, Pule ou Empurre do RPW, entre outras do Doctors Mcs, Faces do Suburbio, Da Guedes, Xis, Marcelo D2, porra, tantos caras que já falavam de tantas outras coisas fora do contexto de protesto/crime. Eu não vejo os temas sendo inovados não, eu vejo a produção musical e as tecnicas dos MCs evoluíndo pra umas parada mais musical e isto é muito bom pro rap como o todo. Percebe-se fácil quem é original e faz arte de verdade, e quem tá no embalo e desespero quero ocupar um lugar na pratileira.
Olha Onde a Favela Chegou- Sobre o som que vocês fizeram junto com a banda de Hardcore Lumpen, como é que rolou essa parceria com o Robson Véio, na faixa “Na Caminhada”?
Eu fiz parte da primeira formação da Lumpen quando ainda se chamava No Deal e depois Sem Acordo, viajamos juntos com grandes nomes do Hardcore pelo Brasil, o Véio é padrinho do meu casamento, é uma pessoa de casa mesmo, uma pessoa com moral de olhar em minha cara e dizer, "você tá fazendo merda rapaz, se liga" então fazer música junto é só parte do que somos. "Na Caminhada" foi a primeira letra da Versu2, e eles fizeram um cover pra mixtape Quintaessência Sagrada, a versão rock ficou muito foda, quando cheguei no estúdio já tava pronta, eu só fiz gravar a voz, ficou muito foda mesmo, ali tem uns rifs do Cro-Mags que pra mim é um dos mais clássico do Hardcore Mundial, então porra, me emocionei com esta parada.
Olha Onde a Favela Chegou- Quais são os grupos de Rap que você destacaria atualmente aqui na cena de Salvador?
Cara, eu tenho ido a poucos shows de rap, alias, depois que parei de produzir parece que deu uma esfriada na cena né? Então minha opinião é bem limitada ao que chega até a mim. Não se trata de ser melhor que ninguém, mais tem uma galera que tem trilhado um caminho legal e seu detaque vem crescendo a cada dia pelos seus trabalhos. Sabemos que são muitos e dai separar alguns é complicado. Agora queria dar um parabéns especial a todos que buscam profissionalização, estão gravando seus sons, divulgando por ai, fazendo seu trabalho sem diminuir o dos outros, sem criar fofocas ou intrigas. Se destaca quem trabalha certo e sempre.
Olha Onde a Favela Chegou- O que você costuma escutar além de Rap, quais são aqueles sons que dificilmente saem do seu track list?
Por incrível que pareça ultimanente só escuto rap no carro, em casa prefiro ver uns filmes quando num tou escrevendo ou lendo, e no trampo não consigo me concentrar ouvindo rap, escuto se tiver de bobeira.
Sou viciado no Led Zeppelin, melhor banda de rock de todos os tempos, tudo de rock novo foi bebido de lá de alguma forma, só que eles beberam dos negros antes, rsrs, assistam Cadillac Recods, gente, por favor façam isto se querem um dia viver de música ou simplesmente querem saber como funciona este universo comercial. Bob Marley, o grande rei Marley, é ele que me salva quanto eu tou a ponto de estourar. Nação Zumbi é a melhor banda brasileira em minha opnião. Tenho buscado ouvir muita coisa antiga e nesta parada re-descobri o Erasmo Carlos, hehehe! Músicos baianos tenho escutado muito Cascadura, Retrofoguetes, Orquestra Rumpiless, Baiana System, DubStereo. Gosto de ouvir cantoras, gosto muito da Céu, Vanessa da Mata, e Beyoncé também, hehehe, fui até pro show dela, aquilo é surreal irmão. Vi a pouco tempo um show de Elza Soares, sai de lá pensando que merda de música eu faço, rsrsrs, da até vergonha quando vejo gente assim ao vivo. Tenho ido a shows do Carlinhos Brown e hoje o considero um grande gênio da música mundial. Sou fã demais do Zé Ramalho, Belchior e Raul Seixas, acho as letras deles de uma criatividade foda. Michael Jackson, chorei no cinema vendo o filme, lembrei de minha infância, será que alguém ai lembra do programa de Tia Arilma, eu fui lá dançar Thriller, rsrsrs! Porra irmão, música é momento mesmo, na hora o que eu tiver sentindo me influencia a ouvir um artista, esta entrevista respondi ao som de Otto. É foda...
Olha Onde a Favela Chegou- Como é que foi a aceitação do público em geral com o Rap no carnaval, na sua opinião esse espaço para o Rap já está consolidado?
Já é sucesso, mais queremos mais interações, mais artistas, gente de fora poderia dar um diferencial também, ter melhores horários no circuito. Só que acredito que um palco fixo seria fundamental.
Olha Onde a Favela Chegou- O Fora de Órbita é um dos eventos que já faz parte do calendário do Hip Hop soteropolitano. Quando é que essa festa vai voltar?
Não sei, tou tentando viabilizar dinheiro pra ela acontecer como merece, uma estrutura melhor pros artistas, mais como disse antes, tou focado em evoluir como músico, estou montando uma equipe pra cuidar da produção, mais isto envolve dinheiro e ai tá ligado né?
Olha Onde a Favela Chegou- Sabemos que é necessário ser profissional também dentro do Hip Hop, para termos cada vez mais eventos de qualidade, com uma boa sonorização, boa iluminação, bons espaços para os grupos e o público. Mas naturalmente isso não é de graça, e tem um custo para quem promove. Na sua opinião o público em geral também já tem essa consciência?
Na verdade esta conciência tá sendo formada viu irmão, acho que o público no geral já exige hoje esta qualidade. O problema ainda é com alguns artistas que não tomaram esta consciência, acha que pra ser favela tem que fazer de qualquer jeito. Na moral, se eu chego numa evento e vejo que o artista não tem condições de se apresentar eu nem fico pra ver, me saiu mesmo, independente se paguei ou não pra ver o show. Tem também aquele velho pensamento idiota dos caras que quer entrar de graça nas festas só pq faz rima, quer ter seu disco de graça, sua camisa, estas coisas e num quer pagar. O cara quer fazer a capa do disco dele de graça, quer gravar de graça, quer tudo de graça, agi como um coitado, mais tá ali vestido com os panos importados, isto me tira do sério na moral. Mais o público não é burro, ele tá vendo e sabendo diferenciar, cada dia mais exigente mesmo, valorizando seu tempo e dinheiro.
Olha Onde a Favela Chegou- Lembro que você escrevia uns textos loucos, periodicamente para o Site Central Hip Hop (Bocada Forte). Porque não vemos mais os textos de Blequimobiu no Site?
Porque eu coloquei os textos nas rimas. Na verdade eu ainda quero escrever um livro, quando eu tiver bagagem eu farei, queria escrever contos reais com um pouco de ficção, mas por enquanto acho melhor ler os de Sergio Vaz, Nelson Maca, Alessandro Buzu, Ferrez, Sacolinha, GOG entre outros monstros da literatura do guetto.
Olha Onde a Favela Chegou- Na sua opinião o que falta para o Rap daqui ganhar uma maior visibilidade a nível nacional, já que temos muitos grupos bons aqui também. Seria a falta de uma melhor estratégia?
Acredito nas parcerias saca? Alguns artistas na Bahia parece que quer se isolar, o cara acha que vai ter destaque se dizendo o melhor da Bahia. De que adianta ser o melhor da Bahia, se na Bahia não tiver outros a altura de Racionais, D2, MV Bill? Por outro lado tem cara que se emociona com merda, desfaz dos trabalhos dos outros pra querer chamar atenção pro seu, tem cara que esquece quem fortaleceu ele e no primeiro holofote sobre seu nome ele ignora sua própria história, falta maturidade mesmo em alguns artistas pra entender o jogo. Lançam seus trampos sem o cuidado devido, não estudam o mercado como o todo.
Eu tenho hoje amigos e parceiros na música, trouxe a Bahia artistas com a qual me identifico, mostrei o que sabemos fazer no palco, mostrei seriedade nos negócios, e conquistei este respeito, isto se mutiplicou porque estes artistas rodam o Brasil todo e quando perguntam sobre a Bahia eles terminam tendo a gente como referência, mais agora nossos planos é ir a outras cidades, expandir nosso nome, vender nossos produtos em outros lugares, fazer novos parceiros e amigos, acredito nesta rede que faço parte.
Temos que parar de olhar pro próprio umbigo o tempo todo, temos que aprender com a música como o todo, observar como Psirico, Ivete Sangalo trabalhou pra chegar onde chegou, como Margareth se reciclou, temos que entender como Carlinhos Brown consegue ser a música em essência e como ele vende esta imagem, temos sim que aprender como o Chiclete com Banana defende sua fatia no mercado e controla uma rede de negócios a cerca de seu nome, como um cara como Durval Lélis consegue se manter no mercado a tanto tempo abusando de sua carisma, como Daniela Mercury se tornou universal e como Claúdia Leite mesmo sendo carioca vende a imagem da Bahia pro mundo.
Precisamos sim se aproximar de compositores, músicos no geral, parar com o pensamento idiota que o pagodeiro é alienado, porque alienado esta sendo quem pensa assim, o cara é da favela como nós e vejam onde ele está chegando. Malandragem irmão, precisamos ser mais malandros no que fazemos.
Olha Onde a Favela Chegou- Você que já foi grafiteiro (ou ainda é!?), o que acha desse projeto custeado pela prefeitura da cidade, o “Salvador Grafita”? Ele é positivo para o Hip Hop, no seu ponto de vista?
Tem um monte de graffiti feio né? Eu acho que ajudou um pouco a população entender a diferença de graffiti e pixação. Deu uma mixaria pra alguns artistas, iniciou outros na arte, mais a essência mesmo do Hip-Hop não esta ali, a maioria dos meus amigos que entraram neste projeto saíram bem chateados de como ele funciona, mais ajudou muita gente a se desenvolver, pro Hip-Hop eu num sei dizer se é bom ou ruim, mais pra algumas pessoas ele tá sendo uma forma de viver de pintar muros.
Olha Onde a Favela Chegou- TV vs. Hip Hop: Isso ainda é um tema polêmico dentro do Movimento. Na sua opinião, o fato de pessoas ligadas ao Hip Hop se recusarem a ir na televisão é mais por uma questão ideológica ou é porque muitos dentro do Hip Hop ainda não sabem como lidar com o “monstro” que é a TV?
Eu não sei dos outros não irmão, mais sempre que me chamar e eu achar que o contexto tem haver com o perfil de meu trabalho lá estarei pra divulgar meu trampo. Me vejo pronto pra ocupar este lugares.
Olha Onde a Favela Chegou- Na época em que te conheci, era muito comum a existência das Posses (os núcleos de Hip Hop). Exemplo a Posse Ori, Rede Aiyê e outras espalhadas pela cidade, porque não se ver mais Posses de Hip Hop como antigamente?
Eu acho que ainda existem só não tem mais este nome. Vejo sempre os artistas se organizando de forma coletiva com aqueles com os quais se identificam. A galera da STN, o pessoal do Boca do Rap, a Blackitude, a Freedom Soul, os eventos do Quilombo da Chota, nós da Positivoz, o CMA Hip-Hop são exemplos de que continuamos a produzir coletivamente em pequenos núcleos.
Olha Onde a Favela Chegou- Foi-se instituído o dia 26 de abril de 1996 como a data base do nascimento do Hip Hop baiano quanto a Movimento Organizado, assim sendo, o Movimento acaba de completar 14 anos (já é quase debutante, risos!). Você não acha que já temos história suficiente para um registro disso tudo, seja um DVD ou um resgistro literário?
Acho esta data uma idiotisse. Não é porque meia dúzia de pessoas se reuniram neste dia que as coisas passaram a ser organizadas, alias até hoje não vejo esta organização a ponto de chamar de movimento. Eu vivi aquilo lá, sei o quanto atrapalhou muito mais do que ajudou, sei de todos os problemas causados pela ilusão e mentiras plantadas a cerca do que é Hip-Hop, eu mesmo contei um monte de mentira que ouvi dos outros e por não ter como saber a verdade então as reproduzi, então esta data pra mim num representa nada, só um dado pra alguém dizer, "eu sou pioneiro". Eu prefiro dizer, "sou atuante" e o que fiz e outros que nem estiveram lá naquele dia já fizeram, é parte muito maior do que esta data ai. Não é questão de negar a parada, é que a maioria dos caras que trampam a vera hoje não tem influencia nenhuma dos que querem tanto instituir esta data.
Sobre o DVD irmão, ou livro, sei não... acho que um documentário sobre a atualidade de quem tá segurando a parada até hoje seria mais interessante.
Olha Onde a Favela Chegou- Para encerrar, mande um salve para a galera que acessa o blog e pra quem mais você quiser e deixe os contatos pra quem quiser conhecer melhor o som do Versu2, o espaço é seu.
Obrigadão a todos pela atenção, obrigado ao blog pelo espaço, a muito tempo eu queria bater este papo com a cena local. Acessem www.umsocaminho.com.br para saber das ações da organização nacional que estamos montando, Outras informações sobre a Versu2 é só buscar no Google, tem um monte de coisas que fizemos por ai. Quem se indentifica me segue ai no Twitter @blequimobiu
O e-mail de contato pra uma idéia, shows, ou coisas da vida é positivoz@gmail.com escrevam a vontade respondo a todos a medida do possível, mais sempre respondo, cheguem na moral pra trocar umas idéias ai na rua, minha cara fechada é feiura mesmo, rs, né marra não, rs! Espalhem a mensagem por ai, divulguem a arte com a convicção que ela merece. Abraço pra geral. Um só caminho...
Acho esta data uma idiotisse. Não é porque meia dúzia de pessoas se reuniram neste dia que as coisas passaram a ser organizadas, alias até hoje não vejo esta organização a ponto de chamar de movimento. Eu vivi aquilo lá, sei o quanto atrapalhou muito mais do que ajudou, sei de todos os problemas causados pela ilusão e mentiras plantadas a cerca do que é Hip-Hop, eu mesmo contei um monte de mentira que ouvi dos outros e por não ter como saber a verdade então as reproduzi, então esta data pra mim num representa nada, só um dado pra alguém dizer, "eu sou pioneiro". Eu prefiro dizer, "sou atuante" e o que fiz e outros que nem estiveram lá naquele dia já fizeram, é parte muito maior do que esta data ai. Não é questão de negar a parada, é que a maioria dos caras que trampam a vera hoje não tem influencia nenhuma dos que querem tanto instituir esta data.
Sobre o DVD irmão, ou livro, sei não... acho que um documentário sobre a atualidade de quem tá segurando a parada até hoje seria mais interessante.
Olha Onde a Favela Chegou- Para encerrar, mande um salve para a galera que acessa o blog e pra quem mais você quiser e deixe os contatos pra quem quiser conhecer melhor o som do Versu2, o espaço é seu.
Obrigadão a todos pela atenção, obrigado ao blog pelo espaço, a muito tempo eu queria bater este papo com a cena local. Acessem www.umsocaminho.com.br para saber das ações da organização nacional que estamos montando, Outras informações sobre a Versu2 é só buscar no Google, tem um monte de coisas que fizemos por ai. Quem se indentifica me segue ai no Twitter @blequimobiu
O e-mail de contato pra uma idéia, shows, ou coisas da vida é positivoz@gmail.com escrevam a vontade respondo a todos a medida do possível, mais sempre respondo, cheguem na moral pra trocar umas idéias ai na rua, minha cara fechada é feiura mesmo, rs, né marra não, rs! Espalhem a mensagem por ai, divulguem a arte com a convicção que ela merece. Abraço pra geral. Um só caminho...
Valeu Paz Sempre...
Léo Morais &; Paulo Brazil.
Blog: Olha Onde a Favela Chegou.
Léo Morais &; Paulo Brazil.
Blog: Olha Onde a Favela Chegou.
http://httpwwwfamilia-stncombr.blogspot.com/
Massa a entrevista, viu! É por essas e outras q eu continuo fã desse cara. Ele sabe disso... Muito bom ver nossos espaços serem bem preenchidos. É assim que tem que ser.
ResponderExcluirCom uma quantidade tão grande de "informação" sempre fico feliz quando leio coisas que acrescentam de maneira positiva.
ResponderExcluirMuito Foda mesmo!
Um Só caminho...
Véio
Até este momento, esta entrevista com Rangell(o Blequimobiu) é a melhor, deste blog. Lógico que isto é apenas a minha impressão, o jeito com que percebo.
ResponderExcluirMe emociono quando tenho a oportunidade de acompanhar a riqueza de expressão das pessoas; há momentos em que tento expressar o que estou sentindo ou pensando e acabo me perdendo na fala - escrevendo, até que me sinto mais 'em casa'.
Mas é isso: os pensamentos expostos aí por Rangell, vieram a enriquecer a minha percepção a respeito da situação do hip hop em Salvador; eu que pouco tenho frequentado os eventos.
Gostei desta idéia que ele deu, sobre a data de comemoração do que ainda chamam "Movimento" hip hop baiano: "Acho esta data uma idiotisse. Não é porque meia dúzia de pessoas se reuniram neste dia que as coisas passaram a ser organizadas, alias até hoje não vejo esta organização a ponto de chamar de movimento.". Eu que, assim como o própio Rangell, reproduzi há alguns anos idéias do tipo, e que já também há tempos me recuso(porque 'não consigo') a perceber a "realidade" por vias tão fixas.
Gostei do jeito sensato com que Rangell se expressou. Eu, por uma questão de sensibilidade mesmo, não gosto de Rangell rimando, a voz dele não me agrada, acho feia; não gostar de ouvir Rangell rimando não me impede de admirar o cara em tantos outros aspéctos! Eu não suportaria fazer metade das coisas que ele assume fazer; não suportaria, nem tenho talento para fazer tantas coisas que o Rangell faz;mas gosto muito do Coscarque rimando(é muito bom!).
Mas me emocionei mesmo por ter lido a entrevista. Saber da amplidão a partir da qual ele percebe a vida e a arte. Rangell - por mais que em um ou outro momento venhamos a entrar em discordância - é um cara que eu admiro e respeito.
Nnecessito consumir estes registros da criatividade humana, saio desta leitura emocionado e agradecido pela oportunidade de acessar informações tão bem ditas e bem elaboras.
Um abraço.
Eu não sou da cena, mas realmente bem interessante essa entrevista.
ResponderExcluirO que eu acho que precisa no mundo do Hip-Hop na Bahia é a união, passei algum tempo dentro da cena fotografando (a convite do Rangell) shows e vi que mesmo a galera estando lá pra curtir há muita rivalidade, individualidade e acho que isso pra cena do hip-hop na Bahia não é algo que vai pra frente, infelizmente.
Parabéns pelo o blog!!
Valeu Rangel, disse tudo.
ResponderExcluirVc conheçe.
Abraço.
Opá! Salve my people!!!
ResponderExcluirGostaria de agradecer a disponibilidade do parceiro Rangell Blequimobiu em nos conceder parte do seu tempo, e trocar essa idéia com o blog Olha Onde a Favela Chegou, valeu negão, grande abraço!!!
Paz à todos/as!!!
Paulo Brazil.
Apreciador da Cultura Hip Hop!!!
muito boa a entrevista com o rangell .....
ResponderExcluiré isso, o movimento é se movimentar!
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirO agBook, da AlphaGraphics, publica livros sob demanda de forma fácil e totalmente gratuita. Para publicar, basta acessar www.agbook.com.br e efetuar seu cadastro.
O principal objetivo do agbook é apoiar novos escritores brasileiros e ainda oferecer todas as técnicas para que o autor não somente publique o seu livro como também o promova de maneira eficiente.
Coloco meus contatos à disposição para qualquer dúvida pbaiadori@alphagraphics.com.br
Abraços.
Isso mostra a maturidade de alguns promissores da cena local do rap baiano. Rangel é um cara com uma visão ampla, falo de modo geral. Sempre que que batemos um papo quando nos esbarramos no corres da vida reflitimos sobre isso.
ResponderExcluirHá muito tempo não vejo pessoas/grupos com esse pensamento de crescer com os pés no chão, de forma planejada e com o proposito de inovar sem medo de ser feliz.
Parabéns mobiu!